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biodiv2023

Pesquisas revelam novas abordagens para a restauração ecológica de áreas mineradas

Parceria com a Anglo American desenvolve projetos de recuperação dos campos rupestres




Pesquisadores do Laboratório de Ecologia Evolutiva e Biodiversidade da UFMG e do INCT Centro de Conhecimento em Biodiversidade estiveram na sede da Anglo American em Belo Horizonte para um workshop sobre restauração ecológica e biodiversidade no campo rupestre. O evento teve como foco os resultados de projetos financiados pela Anglo American relacionados à preservação e restauração desse ecossistema extremo.


Durante o workshop, os pesquisadores trouxeram à luz o trabalho realizado ao longo dos últimos anos, apresentando estudos detalhados sobre ecossistemas de referência e estratégias ecológicas voltadas para a recuperação de áreas mineradas. O evento contou com uma série de palestras que exploraram desde a biodiversidade desses ambientes até o uso de novas tecnologias, como o DNA ambiental (eDNA), para descrever ecossistemas de maneira mais precisa.


Na sessão de abertura, intitulada "Além do Horizonte", Geraldo Wilson Fernandes iniciou o workshop com a palestra "No Limite: Explorando a Biodiversidade e Restauração nos Extremos do Campo Rupestre". Ele destacou a riqueza biológica do campo rupestre e a importância da restauração ecológica em áreas impactadas pela mineração. Logo após, Tiago Shizen apresentou a Introdução à Blue List de Ecossistemas de Referência, uma ferramenta inovadora para a identificação de ecossistemas prioritários para restauração.



Daniel Negreiros, pesquisador do Centro de Conhecimento em Biodiversidade, abordou os Traços Funcionais e Estratégias Ecológicas Vegetais do Campo Rupestre, destacando a resiliência das plantas em ambientes adversos. "Nosso objetivo foi levar uma devolutiva completa sobre o que já foi feito em parceria com a Anglo American. Esses projetos já foram concluídos, mas a intenção é dar continuidade a novas pesquisas nesse ecossistema tão ameaçado.", afirmou Negreiros.


Outras palestras ao longo do dia também trouxeram contribuições relevantes. Jéssica Cunha-Blum discutiu o Ecossistema de Referência do Campo Rupestre Quartzítico, enquanto Letícia Ramos apresentou o Ecossistema de Referência do Campo Rupestre Ferruginoso. Walisson Kenedy-Siqueira abordou o Nicho da Germinação de Plantas Nativas e Exóticas no Campo Rupestre, trazendo insights sobre a dinâmica dessas espécies. 



Vanessa Matos Gomes apresentou os Tipos Funcionais de Plantas do Campo Rupestre; Larissa Moreira trouxe o tema eDNA e Biodiversidade: Uma Nova Perspectiva para Descrição de Ecossistemas e Milton Barbosa falou sobre as Mudanças nas Estratégias Funcionais de Plantas sob a Influência de Mudanças Globais, temas centrais para entender como esses ecossistemas estão respondendo às alterações climáticas e ambientais.


Outros temas importantes foram discutidos, como o uso de micorrizas na restauração de áreas mineradas, abordado por Yumi Oki; e as Lições sobre a Restauração no Campo Rupestre, por Geórgia Silva. As apresentações reuniram uma série de conhecimentos e ferramentas para recuperação ecológica, trazendo uma nova perspectiva para o manejo sustentável de áreas impactadas.


Josimar Daniel Gomes, analista ambiental da Anglo American, ressaltou a relevância de levar o conhecimento gerado pelas pesquisas para um público mais amplo e da importância de parcerias entre academia e setor privado para garantir a conservação do campo rupestre e a restauração ecológica das áreas mineradas.


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